domingo, 27 de janeiro de 2019

Preparar a celebração do Dia Escolar da Não Violência e da Paz

GABRIEL O PENSADOR
Aqui se planta
Aqui se colhe
Mas para a flor nascer é preciso que se molhe
É preciso que se regue pra nascer a flor da paz,
É preciso que se entregue com amor e muito mais
É preciso muita coisa e que muita coisa mude
Muita força de vontade e atitude
Pra poder colher a paz, tem que correr atrás e tem que ser ligeiro!
Pra poder colher a fruta é preciso ir a luta, e tem que ser guerreiro!
(PELA PAZ A GENTE CANTA A GENTE BERRA, PELA PAZ EU FAÇO MAIS EU FAÇO GUERRA)
Eu vou a luta
Eu vou armado de coragem e consciência
Amor, esperança,
A injustiça é a pior das violências
Eu quero paz, eu quero mudança
É, dignidade pra todo o cidadão
Mais respeito, menos discriminação
Desigualdade, não, impunidade, não
Não me acostumo com essa acomodação
Eu me incomodo e não consigo ser assim
Porque eu preciso da paz
Mas a paz também precisa de mim
A paz precisa de nós, a paz precisa de nós
Da nossa luta, da nossa voz
Paz, aonde tu estas?
Aonde você vive?
Aonde você jaz?
É... Onde você mora?
Onde te encontramos?
Onde você chora?
Onde nós estamos?
Onde te enterramos?
Que lar você habita?
Onde nó erramos?
Volta, ressuscita!
Será que a paz morreu?
Será que a paz tá morta?
Será que não ouvimos quando a paz bateu na porta?
A paz que não tem vaga na porta da escola,
A paz vendendo bala,
A paz pedindo esmola,
A paz cheirando cola, virando a adolescência,
Atrás de uma pistola, virando violência.
Será que a paz existe?
Será que a paz é triste?
Será que a paz se cansa da miséria e desiste?
A paz que não tem vez
A paz que não trabalha
A paz fazendo bico, ganhando uma migalha,
No fio da navalha
Dormindo no jornal
Atrás de uma metralha
Virando marginal.
(PELA PAZ A GENTE CANTA A GENTE BERRA, PELA PAZ EU FAÇO MAIS EU FAÇO GUERRA)
Será que a paz ataca?
Será que a paz tá fraca?
Será que a paz quer mais do que viver numa barraca?
A paz que não tem terra
A paz que não tem nada
A paz que só se ferra
A paz desesperada
A paz que é massacrada lutando por justiça
Atrás de uma enxada, virando terrorista.
Será que a paz assusta?
Será que a paz é justa?
Será que a paz tem preço?
Quanto é que o preço custa!
A paz que não tem raça
Nem boa aparência,
A paz não vem de graça
A paz é conseqüência,
A paz, que a gente faça
Sem peso e sem medida
A paz dessa fumaça
A paz virando vida.
A paz que não tem prazo
A paz que pede urgência
Não vai ser por acaso
A paz é conseqüência
Não é coincidência nem coisa parecida
A paz a gente faz feito um prato de comida.
(PELA PAZ A GENTE CANTA A GENTE BERRA, PELA PAZ EU FAÇO MAIS EU FAÇO GUERRA)
Eu vou à luta
Eu vou armado de coragem e consciência
Amor e esperança,
A injustiça é a pior das violências
Eu quero paz
Eu quero mudança
A violência não é só dos traficantes
A covardia não é só a dos policiais
A violência também é dos governantes
Dos homens importantes
Não sei quem mata mais!
Como é que a gente faz,
Pra medir a violência na emergência dos hospitais
A dor e o sofrimento
Os filhos que não nascem
Os pais que morrem sem atendimento
Qual é a gravidade de um roubo milionário praticado por alguma autoridade?
Que tem imunidade e compra a liberdade
Enquanto o cidadão honesto vive atrás das grades
Com medo de um assalto à mão armada
Pagando imposto alto e não recebendo nada
Qual é o grau do perigo?
Da falta de escola e de emprego de prisão e de abrigo?
Qual é o pior inimigo?
Os pais da corrupção
Ou os filhos do mendigo?
Quem é o grande culpado?
O ladrão que tem cem anos de perdão ou você que vota errado?
(PELA PAZ A GENTE CANTA A GENTE BERRA, PELA PAZ EU FAÇO MAIS EU FAÇO GUERRA)
Vou lutando pela paz...

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